quinta-feira, 3 de março de 2011

Valle muito!



Veja se já aconteceu com você. Você sai de casa, bem empolgado(a), pra curtir um show de um dos grandes emblemas da música brasileira. Até aquele dia, aparentemente, nenhuma de suas canções fazia parte de seu leque de opções de boas canções. Você chega ao local do show, pega um chopp e aguarda poucos minutos até começar o espetáculo. Primeiro, o reconhecimento do artista. É! é ele! A partir daí, você pede que o show nunca acabe e que, se acabar, transforme-se num CD ou DVD do artista. Já era! Ele passou a frente de muitos e se tornou um dos seus dez, ou cinco, artistas preferidos.

Isso é mais comum do que parece. E foi exatamente o que aconteceu com o amigo que vos fala. O ano foi 2008. o show foi de Marcos Valle, medalhão da Bossa Nova que não parou no tempo e, ao lado de seu irmão, compôs lindas e memoráveis músicas. O local foi o Cinemathèque. O convidado, Marcelo Camelo. O show fazia parte de uma temporada de dois meses de Valle no local, com uma série de convidados especiais.

Bem, o que ocorreu eu já relatei nas primeiras linhas, mas o melhor estava por vir. Minhas preces foram atendidas e a temporada se transformou em um CD/DVD maravilhoso.
Entitulado "Conecta ao vivo no Cinemathèque" e foi lançado no mesmo ano, 2008, pela EMI/RWR.

Tanto as canções como as participações são excelentes. Participam do álbum o baixista Alberto Continentino, o cantor e guitarrista Marcelo Camelo, o grupo Fino Coletivo, Dj Plínio Profeta, Dj Nado Leal e o trio +2 (Domenico, Kassin e Moreno).

Algumas canções que podem ser alçadas como magníficas, são "Esperando o Messias", instrumental lindíssimo, "Aguá de Côco", que conta com o solo de baixo de Continentino, e "Dragão", executada com Fino Coletivo. Mas a verdade é que todas são ótimas e se complementam.

Tracklist:


Aproveite mais essa dica e até breve

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Max Viana!


Todo mundo conhece pelo menos um artista da música brasileira que nos faz pensar os motivos pelo qual ele não aparece nos programas de TV e nem toca nas rádios. Geralmente, esses artistas tocam seu trabalho no circuito independente e são músicos de artistas consagrados pela crítica. Mas, felizmente, nós, os amantes da música, escutamos os álbuns de acordo com a qualidade, independente do número de cópias vendidas.

Álbum bom é álbum gostoso de ouvir. Álbum bom de ouvir é "Com Mais Cor" do guitarrista Max Viana, filho do consagradíssimo Djavan. O curioso na carreira de Max é que seu 2º CD ganhou quase nenhuma atençao da crítica, embora seja infinitamente melhor do que o 1º.

"Com Mais Cor" foi lançado em 2007 e, ao contrário do que acontece no 1º álbum, traz um cantor muito mais maduro, com canções lindas e dançantes e sem as derrapadas de voz. Os arranjos são excelentes e as letras, como sempre, são milimetricamente perfeitas. Verdadeiros hits.

O CD já começa muito bem com a faixa "Colo Pra Você" com uma guitarrinha humilde mas agradabilíssima. Muitas faixas são destaques no trabalho, como é o caso de "Vilarejo", que conta com as participações especiais de Happin Hood e Djavan. "Você Não Entendeu" e outra música, um sambinha, que é uma delícia de ouvir.

Samba, Romântica, Soul, Pop, o cara ataca em todas as pontas quando o assunto é música boa.


Tracklist:

01 - Colo pra você
02 - Sussurro
03 - Disque sim
04 - Te liguei
05 - Mais um
06 - Acabar bem
07 - Vilarejo
08 - Pra quem faz uma canção de amor
09 - Com mais cor
10 - Uma história por contar
11 - Você não entendeu
12 - Hoje eu quero sair só
13 - Quando amanhecer


Como sempre, desejo que apreciem mais uma ótima dica de álbum.

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Sonhador.


É muito interessante a maneira como as informações vêm parar nos nossos ouvidos. Dia desses eu estava passeando pelo facebook e dei de cara com um clipe (postado no youtube) compartilhado por uma amiga. Paguei pra ver e não me arrependi. Lá estava "Park Bench People", ótima canção que me levou a procurar o álbum onde se encontrava. Assim encontrei "The Dreamer", lançado em 2008 pelo cantor José James (com acento mesmo).

O cantor, filho de pais panamenses, foi criado em Minneapolis, mas foi em Nova York que estudou Jazz. Falando nisso, o que mais me surpreendeu foi o fato de que James não tem aparência de cantor de Jazz. Talvez porque tenha crescido ouvindo Hip Hop, a semelhança com os cantores do estilo musical do Broklin seja evidente. Camisa larga, tênis, boné dos Yankes, tudo contrubui para a descontrução.
Apesar de ter vivido a vida inteira nos EUA, foi em Londres que James foi descoberto por Gilles Petterson , DJ, produtor e colecionador de discos de jazz e soul, muito famoso nos anos 90. Segundo Petterson, "Ao ver José James cantando eu fiquei estarrecido, pois achava que não haviam mais cantores de jazz assim com as mesmas qualidades e nostalgias dos mestres do passado".

Jazz, soul, funk, hip hop, acid jazz, lounge, drum'n'bass... não dá mesmo pra rotular o rapaz. O disco apresenta canções deliciosas e há muita harmonia entre as canções. Além da música mencionada acima, outras chamam bastante atenção, como é o caso de "Love", acid jazz delicioso que fecha, e muito bem, o álbum. Outra boa dica é canção "Nola", com um piano e um baixo maravilhosos.

O álbum traz um covencional quarteto piano-trompete-baixo-bateria aliados à espetacular voz sussurrada de José James. Sem sombra de dúvida, trata-se, se não do melhor, pelo menos, de um dos melhores álbuns que ouvi no ano de 2010.

Tracklist:

01- The Dreamer
02- Velvet
03- Blackeyedsusan
04- Park Bench People
05- Spirits Up Above
06- Nola
07- Red
08- Winter Wind
09- Desire
10- Love


Espero que apreciem mais essa dica.


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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sem mais delongas... Djavan e seu novo Álbum!

Esse CD está quentinho, Djavan que estava “mudo” há dois anos, decidiu falar, e falou muito bem. Ária é o novo cd desse artista que despensa apresentações. Esse álbum traz novidades; a banda está totalemente reformulada em comparação aos seus últimos trabalhos. O disco não é um disco autoral, como sempre foi feito, dessa vez Djavan optou em gravar músicas de outros compositores, mas que tivesse uma ligação forte com sua existência. Ária vem como uma experimentação para retomar o fôlego novamente após dois anos de silêncio.
Não existem motivos para não gostar da obra desse artista, sem exceção, todos temos uma música dele que serve como trilha sonora para nossa vida. Minha primeira memória musical foi registrada em 1988, com dois anos de idade, lembro-me de ouvir “Flor de Liz” na vitrola velha de meu pai. Ária para o Djavan tem essa importância, ele mesmo diz que são músicas que de alguma forma marcaram a sua memória musical ao longo de suavida e por isso as regravou.
O disco não é autoral, como de costume, no entanto, ainda assim é uma obra prima que vale ser analisada. “Primeiro disco que não é autoral, como vocês sabem é o que eu sempre fiz, mas era um desejo meu. A escolha do repertório foi o mais difícil pra mim... o resultado me deixou muito contente porque eu tava querendo dar uma mexida para voltar o ano que vem, 2012 com músicas inéditas”. Diz Djavan, mesmo sendo um dos cinco artistas que mais ganha direito autoral com suas composições aqui no Brasil, segundo o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD).
Nesse disco Djavan regravou musicas de Caetano, Cartola, Gilberto Gil, Beto Guedes, Tom Jobim, entre outros. Sempre com um toque pessoal, ouvir essas músicas com o Djavan soa como se fossem inéditas. Aproveitem!

Set List
1. Disfarça e Chora
2. Oração ao Tempo
3. Sabes Mentir
4. Apoteose ao Samba
5. Luz e Mistério
6. La Noche
7. Treze de Dezembro – Instrumental
8. Valsa Brasileira
9. Brigas Nunca Mais
10. Fly Me To the Moon
11. Nada a nos Separar – West of the Wall
12. Palco

domingo, 29 de agosto de 2010

TOK TOK TOK... Pode entrar!


Não há nada que o tempo não ensine. Pois eu tenho aprendido a não subestimar alguns discos pelo que vejo na capa e pelo lugar de destaque em grandes lojas do ramo.
A bendita surpresa de agora atende pelo convidativo nome de TOK TOK TOK, dupla formada pelo saxofonista e violonista alemão Morten Klein e pela cantora e letrista Tokunbo Akinro, filha de um nigeriano com uma alemã.

De miscigenação a gente aqui no Brasil até que entende direitinho. E talvez por isso, seja tão natural que a mistura tenha saído melhor do que a encomenda.

Com seu álbum "She and He", lançado em 2008, a dupla conseguiu colocar o jazz e a soul music americanos em seu devido lugar: no topo. Isso tudo com carinha de coisa feita nos dias de hoje.
As canções servem a qualquer tipo de público. De velhinhos de charutos e uísquinho nas maõs, a jovens descolados a fim de curtir o que a vida lhes reserva, passando pelos amantes do pop mais rasgado.

A belíssima, delicada e inebriante voz de Tokunbo e os sofisticadíssimos arranjos de Klein, nos transportam até a década de 50. O difícil é saber se a década é do século XX ou do século XXI.

Damos destaque às versáteis canções "The Daydream", "The Love We Share", "Crash and Crush" e "Vertigo".


Tracklist:

01. Although He Hurts Me
02. The Daydream
03. The Love We Share
04. Longing Fro Brad
05. Lewis & Ruth
06. As We Are
07. The Game Is Over
08. Coração
09. Crash Crush
10. Living Hell
11. Our Little Song
12. She And He
13. Vertigo
14. Harmless in the Beginning



Verdade seja dita: O álbum nos deixa com aquela vontadezinha de ouvir a faixa seguinte, só pra ver onde aquilo pode chegar. Dá vontade de entrar.

Esperamos que gostem, também, desse belíssimo CD.

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Uma mensagem forte e um pop com temperos de blues, o Ben Harper deixa sua carreira solo e monta a Rentless 7.

Ben Harper é um artista do pop mundial, mas com fortes influências do blues, soul, folk e R&B. Ben começou a tocar guitarra ainda muito jovem, pois sua família possuía uma loja de instrumentos musicais, chamada; “The Folk Music Center and Museum”, fica em Claremount, a cerca de uma hora da cidade de Los Angeles. Harper achou que onde vivia não seria suficiente para abrigar seu talento e com a idade de 22 anos partiu para a cidade.

Dois anos após sua mudança para a cidade grande, Harper conseguiu assinar contrato com a gravadora Virgin Records e o seu primeiro álbum, Welcome To The Cruel World, foi muito bem recebido pela critica. Ben possui 13 álbuns lançados ao longo de sua carreira, mas nós, O Bom Disco, pegamos a ponta do iceberg desvendando seu último cd.

Harper conheceu Jason Mozersky no final dos anos 90 quando Jason, que nos tempos vagos de seu trabalho como motorista tocava guitarra, lhe entregou uma demo de sua banda. Jason e Harper desenvolveram certa amizade, até que em 2005, Harper convidou seu amigo guitarrista para participar de uma faixa de seu cd, que por sua vez, aceitou o convite e foi ao estúdio com outros motoristas, ops! Queremos dizer, Músicos: Jesse Ingalls (Baixista) e Jordan Richardson (Baterista). A gravação deu tão certo que Ben repensou a trajetória de sua carreira e de artista solo para passar a ser integrante de uma nova banda, Rentless 7.

Pela revista Americana, Roling Stones, o álbum White Lies for Dark Times,o primeiro da Rentless 7, ficou entre os 50 melhores de 2009.

Ben Harper sempre foi um artista espiritualizado em suas letras, sempre compôs musicas de fé, perseverança e superações dos limites. No álbum de estréia de sua banda não é diferente. Frases como; “Me traga a música para a revolução, isso alivia a minha mente”, da faixa Shimer and Shine e “tenho medo novamente, mas permaneço fiel ” da música “faithfully remain” são pequenas amostras das inspiradas letras do cd.

Set list

1. "Number With No Name" / 2."Up to You Now" / 3."Shimmer & Shine" / 4."Lay There & Hate Me" / 5."Why Must You Always Dress In Black" / 6."Skin Thin" / 7."Fly One Time" / 8."Keep It Together (So I Can Fall Apart)" / 9."Boots Like These" / 10."The Word Suicide" / 11."Faithfully Remain"

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Dando a Elza: 50 anos de uma relíquia.





Há vezes em que tenho a nítida impressão de que a profusão tecnológica vai acabar com o culto ao talento. Reconheço o exagero, mas o fato é que, hoje, não se grava mais um álbum com a sonoridade, a riqueza e a fartura de instrumentos de antigamente. Hoje postaremos um disco que deixa essa sensação muito mais que evidente.

Completando "bodas de ouro", "Se Acaso Você Chegasse", o grandioso álbum de lançamento da maravilhosa Elza Soares, lançado em 1960, é um dos trabalhos que não se deve deixar de ouvir e, se possível, admirar. O CD bate no ouvido como algo atual, principalmente pelo fato de haver nele canções como "Se Acaso você Chegasse", que lhe dá o nome, e "Mulata Assanhada". Ambas as músicas são de conhecimento do grande público e (quase) todo mundo sabe cantá-las.
Mas se não souber cantar não tem problema, porque decorar letra não é o caso. O negócio é sentir a vibração da magnífica voz da mulher que balançou o coração do saudoso craque das pernas tortas, Garrincha.

Nas canções, arranjos fabulosos, letras muito bem escritas e interpretação incrível, sem as já conhecidas presepadas vocais que Elza Soares tem o hábito de fazer. É samba profissional com cara de Big Band, já que o naipe de metais não deixa ninguém parado. Esse é um daqueles discos que se ouve de pé, pois não dá pra ficar só ouvindo, mesmo quando Elza pisa no freio.
É algo que se ouve pulando, andando, correndo, mas sempre dançando.

É tão dançante e envolvente que fica difícil achar algo que se destaque, já que destaque, nesse caso, é o álbum. Mas vamos tentar.
"Samba em Copa", "Cartão de Visita" e "Contas" são algumas que, particularmente, são ótimas pra dançar e pra rir, ou chorar (vai saber). Mas o melhor é que todas, eu disse todas, são ótimas.

Tracklist:

01. Se acaso você chegasse (Felisberto Martins, Lupicínio Rodrigues)
02. Casa de turfista... cavalo de pau (Hianto de Almeida, Macedo Netto)
03. Mulata assanhada (Ataulfo Alves)
05. Samba em Copa (Cyro Monteiro)
06. Dedo duro (Carlito, Zeca do Pandeiro)
07. Teleco téco nº 2 (Oldemar Magalhães, Nelsinho)
08. Contas (Amâncio Cardoso)
09. Sal e pimenta (Newton Ramalho, Nazareno de Brito)
10. Cartão de visita (Edgardo Luiz, Nilton Pereira de Castro)
11. Nego tú... nego vós... nego você (Macedo Neto, Hianto de Almeida)
12. Não quero mais (Julio Hungria, Astor)

Está aí um dos mais coerentes álbuns que já escutei.

Espero que aproveitem bastante esse "novo" disco

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